Desde a infância...
Desde a infãncia...
mesmo que até hoje eu a diga indescritível
tenho minha teoria particular
sobre naturalmente, a minha dor.
Sinto a dor em colheradas.
Colheradas no peito.
Às vezes, faminta,
raspando partes já calejadas da carne,
ardendo,
puxando pele morta.
Outras,
felizmente mais raras,
se dá um golpe certeiro,
a dor se tornando como minerador que encontra o tesouro,
consegue um pedaço imaculado,
novo,
e inteiro da minha carne.
Nessas vezes, é inesperado, sangra.
Sangra como se nunca fosse parar,
sangra como se fosse murchar tudo que há no peito,
nos arredores,
longe,
secar o corpo todo.
Morte.
Mas sabe-se bem que
A vida não é assim, piedosa...
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