Poxa, vou convidá-lo, pensou
Poxa, vou aceitar, ele respondeu.
As 15:30 hs.
Teatro.
Faz tempo hein.
Ela não lembra o nome da peça.
( ACREDITA QUE NEM ELE)
Mas foi bacana.
( mesmo o vendo cochilar várias vezes durante o espetáculo)
Vamos andar pelo bairro da Bela Vista.
Na próxima quadra, mesas de plástico na calçada.
Desde que inventaram essa lei anti-fumo, infeliz, ela só frequenta bares do gênero.
Beber sem fumar?
I M P O S S Í V E L, hehehe
A tarde foi embora, assim, sem ela ver.
Ou melhor, vendo até demais, se é que me entendem...
Atravessar a cidade, de novo, assim ele acorda.
Esticar as pernas é sempre muito bom.
Do hábito diário do rapaz, ela provou.
Dessa vez, com intensidade.
E riu dela, dele, do mundo real.
Não queria voltar ( de novo).
É tudo tão puro quando se está anestesiado.
Só que agora não pelas 5 gotas de Berotec, adicionada a 5 ml de soro fisiológico.
Ele consegui encontrar o ponto.
Ela chegou lá.
Geralmente demora tanto...
( acho que não deveria dizer isso, mas é a verdade).
Ela dormiu, perdeu a hora.
E agora?
Sem grana, sem ônibus.
Táxi.
Esse povo rumo as baladas, inferno, porque não ir de metrô?
Trânsito.
Chegou no limite do valor emprestado pelo amigo.
Fudeu!!
Ela não desceu nem na metade do trajeto.
Poxa, bilhete único do estudante, R$ 1,15.
Ônibus, ônibus.
Pronto!
São Paulo ( a capital), acaba aqui.
E a menina anda apenas 4 km de madrugada.
Sozinha,
Sem cigarros,
No breu.
Mi casa, mi casa, mi casa, snif
( era o que ela mais almejava)
Ainda bem que estava sem salto!!
2 da matina, a chave abre o portão.
Ele já deveria estar no sétimo sono.
Enquanto ela mal respirava de tanto andar.
De medo, de cansaço, de tristeza.
Ela ficou triste, sim.
Não teve rosa vermelha.
Vermelho, estavam seus pés, que dor!
E seus olhos, dessa vez, sem lágrimas.
Condenavam o prazer daquela noite:
A erva do diabo.
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